segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Cuba descobre que não há ideologia sem economia pujante

Carros da década de 50 já são marcas de Havana

              Passados mais de 50 anos desde que Fidel Castro e sua trupe derrubaram a ditadura de Fulgêncio Batista, Cuba descobre enfim que não há ideologia que resista a falta de uma economia pujante.
              Desde que a mesada mensal da extinta União Soviética minguou, o País vive dias de agrura. Racionamento é uma palavra presente no dia a dia cubano. As benesses da ilha são para os turistas que despejam dólares na economia e para os privilegiados dirigentes do Partido Comunista.
              O partidão, a propósito, encerrou no final de semana seu primeiro congresso desde 1965, quando aprovou maior abertura no regime comandado por Raúl Castro. O presidente/ditador que herdou a cadeira depois de Fidel se afastar por problemas de saúde, tem implementado mudanças, como a possibilidade de compra e venda de veículos, abertura de pequenos negócios, entre outras medidas para tentar aliviar a tensão social existente em Cuba.
              No fundo no fundo, tudo que o governo cubano tenta fazer é voltar a dar esperança a seu povo. A falta de perspectiva é o maior desafio que os dirigentes têm que enfrentar para salvar a revolução. E esperança se faz com emprego, com negócios, com uma economia forte, e não com palavras. A despeito de toda a retórica, Cuba está diante da crua realidade anunciada por Bill Clinton na campanha que o levou à Casa Branca, em 1992: “It´s the economy, stupid...”. Ou seja, se a economia vai bem, o governo vai bem. Do contrário, discursos soam como palavras vagas que se apresentam dissociadas da realidade...Exatamente como em Cuba nos dias de hoje.
Boa semana a todos.


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A campanha já começou: organize-se!


Quem nunca concorreu a algum cargo público tem a impressão equivocada de que a campanha eleitoral acontece somente de julho a outubro. No entanto, o período que antecede o pleito é fundamental para o sucesso da eleição. Neste sentido, os candidatos já podem fazer os primeiros preparativos com vistas ao pleito.
Depois de ter o aval da família – se não tiver o apoio em casa, nem cogite de lançar seu nome a vereador, vice ou a prefeito, pois será impossível fazer campanha sem essa parceria -, comece a reunir a documentação necessária para o registro da candidatura.
Declaração de imposto de renda, por exemplo, é exigência do Tribunal Regional Eleitoral. Em março, inicia o período para ajustar as contas com o leão. Vá organizando os recibos de dedução e a declaração anterior para, assim que abrir o prazo para declarar, ser um dos primeiros a entregar o formulário eletrônico à Receita Federal. Com isso, caso aja algum problema na entrega, ganha-se tempo e agilidade.
Quem tem pendência judicial precisa resolvê-la antes do registro, impreterivelmente. Nestes seis meses que antecedem a eleição, é decisivo que a questão esteja resolvida, sob risco de não poder ser candidato. Outro ponto importante é a organização da vida pessoal e profissional.
É preciso ter em mente que uma campanha é algo caro e que exigirá tempo e dinheiro. Se você está endividado, não conte com a campanha para resolver seus problemas financeiros, pois o apoio é proporcional à viabilidade eleitoral. Aqueles que estão sem mandato largam em desvantagem, pois terão que bancar as despesas iniciais até que apareça algum aporte, seja do partido ou de financiadores.
Com a vida financeira organizada, faça um orçamento de campanha realista. Pense em que bairros precisará atuar para atingir o coeficiente eleitoral necessário para eleger-se, quantas pessoas será preciso contratar – não, ninguém faz campanha de graça....-, veículos necessários, gasolina, almoço, produção de materiais, custos com eventos, anúncios em jornais, carros de som, entre outras despesas. Fez o cálculo? Coloque agora mais 50% desse valor para extras, pois as despesas certamente irão extrapolar seu orçamento inicial.
Outra preparação que as pessoas esquecem é a parte física. Campanha eleitoral exige preparação física de maratonista. São poucas horas para descansar, rotina estafante, corpo a corpo com o eleitor, muita caminhada e stress constante. Ou seja, é preciso estar preparado para enfrentar essa “gincana”. Tudo isso sem ter a certeza de sucesso. E aí? Vai encarar?
Boa semana a todos.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Governo Tarso coloca o bode na sala, mas retira rapidinho....

Odir Tonollier: muitas explicações

Durou menos de 24 horas a ameaça do governo de não pagar o piso nacional do magistério até 2014, conforme prometido na campanha eleitoral. Na parte da manhã o sincero secretário da Fazenda, Odir Tonollier, veio a público dar satisfações aos professores. Disse que para o governo o vilão do não pagamento da promessa eleitoral era o reajuste no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). O reajuste previsto para 2012 no fundo é de 21,2%, o que, de acordo com a Fazenda, inviabiliza qualquer possibilidade de pagamento do piso à categoria.
        Na parte da tarde, porém, o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, colocou panos quentes e desautorizou o colega, certamente com o aval do governador Tarso, que segue em férias em Cuba. Disse que não era bem assim e que o governo seguia determinado em pagar o piso, independentemente do reajuste do Fundeb.
        Traduzo o imbróglio: o governo colocou o bode na sala pra ver no que daria. Mas a grita do Cpergs foi grande, com grande repercussão nas escolas, pois estava se materializando naquele momento o primeiro estelionato eleitoral da atual administração. Com o impacto negativo, retirou o bode da sala e reafirma que segue correndo atrás da máquina para pagar o piso.
         Não é preciso ser gênio para constatar que todo governador que bateu de frente com o magistério não elegeu o sucessor e, mais tarde, com a reeleição, não esquentou na cadeira. Tarso sabe disso, o PT mais do que ninguém sabe disso. A leviandade eleitoral vai cobrar seu preço: seja do capital político do governador ou das combalidas finanças públicas do Estado.
Até semana que vem, amigos!

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

De volta ao passado ou um retorno às origens?


Cascata do Chuvisqueiro: patrimônio natural de Riozinho

           
            Depois de um breve recesso, estamos de volta ao trabalho. Neste final de semana, após mais de 25 anos, voltei a pilotar uma moto. Meu amigo Tadeu Magnabosco cedeu-me uma Honda 500 cc e peguei a estrada. 
       Fui a Riozinho, no Vale do Paranhana, conhecer a Cascata do Chuvisqueiro. Quem não conhece, não sabe o que está perdendo. O lugar é encantador, quer seja pela queda d´agua, quer seja pela imponência dos paredões de pedra e de toda a natureza ao redor.
            Impossível não perceber a presença de Deus naquele local, em cada pedra, nas árvores centenárias nas muitas trilhas do Chuvisqueiro ou do Conduto, outro espaço maravilhoso onde a beleza de Riozinho se manifesta em sua plenitude. 
           Além do encantamento dessa cidade charmosa do Vale do Paranhana, enfrentar o trânsito de moto foi algo desafiador. É sempre bom ir para o outro lado do balcão e ver como é estar em cima de duas rodas. O trânsito passa a ser bem diferente, tenha certeza. A parte boa é poder fugir do engarrafamento, sentir o vento batendo, a sensação de liberdade que o veículo proporciona. E ficamos por aí.
           Fora isso é stress constante em qualquer simples ultrapassagem, especialmente em vias que não são duplicadas, como em trechos da RS-239, por exemplo. Mas, pilotando de forma segura e entendendo o espaço que cada um ocupa na pista, tudo deu certo e pude lembrar de bons momentos de minha juventude, quando a moto era companheira constante em viagens e no trabalho. Um gosto de nostalgia sempre volta, porém, a certeza final é de que este tempo já passou e reviver o passado é um presente.
               Boa semana a todos e um ótimo 2012.