Carros da década de 50 já são marcas de Havana
Passados mais de 50 anos desde que Fidel Castro e sua trupe derrubaram a ditadura de Fulgêncio Batista, Cuba descobre enfim que não há ideologia que resista a falta de uma economia pujante.
Desde que a mesada mensal da extinta União Soviética minguou, o País vive dias de agrura. Racionamento é uma palavra presente no dia a dia cubano. As benesses da ilha são para os turistas que despejam dólares na economia e para os privilegiados dirigentes do Partido Comunista.
O partidão, a propósito, encerrou no final de semana seu primeiro congresso desde 1965, quando aprovou maior abertura no regime comandado por Raúl Castro. O presidente/ditador que herdou a cadeira depois de Fidel se afastar por problemas de saúde, tem implementado mudanças, como a possibilidade de compra e venda de veículos, abertura de pequenos negócios, entre outras medidas para tentar aliviar a tensão social existente em Cuba.
No fundo no fundo, tudo que o governo cubano tenta fazer é voltar a dar esperança a seu povo. A falta de perspectiva é o maior desafio que os dirigentes têm que enfrentar para salvar a revolução. E esperança se faz com emprego, com negócios, com uma economia forte, e não com palavras. A despeito de toda a retórica, Cuba está diante da crua realidade anunciada por Bill Clinton na campanha que o levou à Casa Branca, em 1992: “It´s the economy, stupid...”. Ou seja, se a economia vai bem, o governo vai bem. Do contrário, discursos soam como palavras vagas que se apresentam dissociadas da realidade...Exatamente como em Cuba nos dias de hoje.
Boa semana a todos.