quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A metade de mim é amor... a outra, também!

O Amor, a maior fonte de energia do Universo, é, também, motivo de preocupação nestes tempos modernos. A cada dia vejo mais e mais pessoas revelando sua desilusão com ele, especialmente nas redes sociais. Isso se apresenta na postagem de uma singela música, em um comentário despretensioso, em frases aparentemente soltas ou desconexas, quando na verdade estamos mostrando toda nossa frustração diante do que deveria ser a realização plena do ser humano. Pense bem: Não parece estranho que queiramos conhecer pessoas... mas não conhecemos a nós mesmos? Não é constrangedor saber que não amamos e não nos aceitamos, seja física ou espiritualmente,... mas estamos ávidos por conhecer, conectar e amar outras pessoas? Não soa singular o fato de, muitas vezes, nos preocuparmos mais com as guerras no mundo... quando não conseguimos ter paz dentro de nós mesmos, que dirá em nossas casas ou no trabalho? Não é atormentador nos preocuparmos exageradamente com nossa aparência externa e com nossa saúde.... e negligenciarmos nossa espiritualidade, o que motiva todas as doenças e irradia nossa dissintonia com Deus e a vida? E então, quando não encontramos o amor, abnegamos de nós mesmos, perdemos a confiança, nos enfraquecemos diante do Mundo, abrimos mão de nosso maior patrimônio e o que é inafiançável para cada um: o amor próprio. A sequencia desse enredo é a desilusão com a vida e com si mesmo, e que culmina com a depressão, o maior mal dos dias atuais. Pequenos fatos do dia a dia, como dormir, tornam-se tarefas difíceis, penosas... A resposta para tudo isso está em cada um de nós e parte do autoconhecimento. Somente aquele que se ama, que conhece a si mesmo, é capaz de amar e reconhecer-se em outro. E então, quando nos amamos, quando estamos em sintonia com o Cosmo, quando reconhecemos nossas falhas e virtudes, o Universo conspira, tudo flui, e todos os caminhos se abrem. Só podemos apresentar às pessoas aquilo que somos e pensamos. Assim, parece lógico que se não sabemos quem somos e o que queremos, não haverá conexão possível. É o amor que tem esse poder de agregação, de comum união, representando o mais alto nível de conexão entre as pessoas e Deus. Aliás, Deus é amor, e muita gente, incrivelmente, não quer saber disso (muitos provavelmente irão parar de ler esta mensagem neste ponto, inclusive...). Como disse o escritor Jorge Bresol no livro Segredos da Interioridade, “o amor não precisa de afirmação; simplesmente é; tudo abraça, tudo compreende, se alegra e perdoa. Quando alguém age com amorosidade atrai pessoas amorosas a seu redor, vê acontecer situações de amor dentro e perto de si. E se compadece com a dor e o sofrimento alheio. Pessoas amorosas vibram em outra freqüência, por isso não se escandalizam com nada e não idealizam nada da vida. O amor torna a vida real de quem ama.... Ao ir embora, também não precisa levar nada, basta continuar amando”. Se posso sugerir-lhe algo, caro amigo, ama-te e ame o mundo intensamente. Por que a metade de mim é amor... e a outra, também! (Osvaldo Montenegro). Bom dia a todos.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

JOSÉ GENOÍNO, O GENUÍNO...

Sei que temos pouco mais de 500 anos de história, mas os maus exemplos são tantos que fica difícil acreditar em nossa jovem democracia. Essa do José Genoíno, ex-presidente do PT e agora deputado federal, é fantástica e prova que ele é mesmo genuíno.... Então o cara está prestes a ir pra cadeia e decide pedir aposentadoria por invalidez na Câmara Federal? E o salário do "inválido"? Mais de R$ 26,7 mil... Genoíno foi peça chave no Mensalão ao lado de José Dirceu. Aposentá-lo com um salário astronômico é um deboche e uma bofetada nas pessoas que acreditam na política como agente de transformação da realidade. Brasil - se cercar vira hospício. Se colocar uma lona, vira circo...

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Dilma: propaganda demais, governo de menos

Estadão destaca gastança
O Jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira traz em sua manchete que Dilma supera Lula nas despesas com propaganda. Juntos, os dois gastaram R$ 16 bilhões em dez anos, o que dá uma média de R$ 1,6 bilhão por ano.
A reportagem revela que "a quantia é quase igual aos R$ 15,8 bilhões que o governo pretende investir no programa Mais Médicos até 2014. Com o valor também seria possível fazer quase duas obras de transposição do Rio São Francisco, atualmente orçada em R$ 8,2 bilhões". 
O texto destaca também que "o dinheiro gasto pelo governo com publicidade poderia também manter congelada em R$ 3,00  a tarifa de ônibus na cidade de São Paulo durante 50 anos. Ainda para efeito de comparação, o valor é duas vezes superior aos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que Dilma anunciou para a capital paulista há dez dias, e que servirá para construir 127 km de corredores de ônibus, recuperar os mananciais das represas Billings e Guarapiranga, drenar vários córregos da capital e construir moradias para 20 mil famílias".
Isso é um deboche, pois não há sentido em os Correios, por exemplo, gastarem milhões de reais em publicidade, pois não cometem com ninguém em sua área, assim como a Petrobras e tantas outras estatais. Como se vê, dinheiro no Brasil há, e muito. O que falta é gestão e preocupação com a coisa pública. Chega de o governo divulgar o que não se faz... Acorda , Brasil!
Boa semana a todos!

quarta-feira, 31 de julho de 2013

A vaidade, segundo Hammed


            "A vaidade é a ostentação dos que procuram lisonjas, ou a ilusão dos que querem ter êxito diante do mundo, e não dentro de si mesmos" (Hammed). 

             Essa é uma das tantas citações deste grande livro - La Fontaine e o Comportamento Humano, de Francisco do Espírito Santo Neto. Ganhei de uma amiga e recomendo a leitura àqueles que querem conhecer a si mesmos antes de conhecer o mundo.

             Boa semana a todos.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O mais pop dos Papas

                                                                                   Agência Globo
                                   Papamóvel aberto: novidades de um líder simples 

                                  Nos braços do povo: Francisco próxima dos católicos

           O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi empossado papa há pouco mais de três meses, mas já é possível dizer que Francisco entrará para a história da Igreja Católica como um dos mais populares pontífices.
          O carisma de Francisco é impressionante e se manifesta desde o primeiro momento em que foi anunciado na Praça São Pedro como o novo comandante da Igreja. Ontem, em sua primeira viagem ao exterior, o papa foi cercado (literalmente) pelo povo. Mesmo estando em um carro que não era blindado, Francisco cumprimentou populares e atendeu a quem pôde da janela do veículo, para desespero da equipe de segurança.
        Francisco é diferenciado: não quer luxo, voa em avião de carreira, veste-se de maneira singela e faz de seu pontificado um farol para milhões de fiéis em todo o mundo. Ontem, mais uma vez, me emocionei ao vê-lo querer se aproximar ainda mais dos católicos, numa clara demonstração de que a Igreja está dando uma guinada e que um novo tempo está surgindo pelas mãos do padre argentino, que hoje já é de todos nós.

           Bem-vindo, Francisco.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Seis anos sem Júlio Redecker

Líder da Minoria: em Brasília, no auge da carreira

         Hoje completam-se seis anos desde que Júlio César Redecker partiu. A ele, onde estiver, e sei que está bem, meu carinho e meu respeito na pequena história que conto abaixo, depois de ter tido a honra de compartilhar nove dos seus 51 anos de existência neste plano. Valeu, Alemão!



Redecker "colorado"

          Convidado a ir no encontro do Consulado Colorado, que realizava reuniões em apoio à candidatura de Fernando Carvalho à Presidência do Internacional, no início dos anos 2000, Júlio Redecker, gremista até a alma, resolveu comparecer ao ato organizado em Viamão a convite do radialista Marcos Couto. "Alemão, tu enlouqueceu? O que a gente vai fazer lá?", questionei logo de cara. Ele, firme, decidiu ir...
          Na abertura do evento, diante de um salão repleto de colorados, Redecker lascou: "quero dizer pra vocês que sou gremista". A platéia se agitou: "Tá fazendo o quê aqui, gremista! Cai fora!", berrou um exaltado. Júlio Redecker não desistia fácil. Seguiu em frente e deu a volta por cima, sendo cumprimentado e elogiado pelos colorados ao final, depois de citar mitos e lendas coloradas, sem deixar de escalar o Rolo Compressor, time que fez história na década de 40. Até mesmo Fernando Carvalho, que já conhecia sua oratória, se surpreendeu. Assim era o JCR, o filho do seu Fritz e da dona Vera, capaz de transitar por diferentes matizes ideológicas e superar paixões clubísticas com sua verve e carisma.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Plebiscito da Dilma vai custar R$ 500 milhões. Pra quê??


         Consultada, a Justiça Eleitoral já anunciou que o custo para fazer um plebiscito é de meio bilhão de reais. Sim senhor, essa bagatela.... 
         Ou seja: Dilma quer ouvir o povo pra saber o que todos já sabemos: não é pelos 20 centavos - é por este estado de coisas que vivemos há décadas no Brasil, como conchavos políticos para manter o poder sem qualquer projeto político para o País; corrupção que grassa; serviços públicos de baixíssima qualidade (cobra-se impostos escandinavos e entrega-se serviços do Congo); Educação que não educa; Saúde que não cura; violência que mata, e políticos que fazem cara de pastel quando o mundo está caindo em suas cabeças! 
          Dilma, economize os R$ 500 milhões, corte 20 ministérios inúteis, não feche os olhos diante da corrupção dos seus “aliados” do Congresso e bola pra frente. A outra opção é pedir para sair – agora ou no voto. A senhora escolhe.           Bom final de semana a todos.

terça-feira, 25 de junho de 2013

O primeiro pacto com o Brasil: reduzir ministérios

Dilma: cinco pactos difíceis de sair do papel

         A presidente Dilma Rousseff propôs ontem aos 27 governadores e aos 26 prefeitos de capitais a adoção de cinco pactos nacionais (responsabilidade fiscal, reforma política, saúde, transporte, e educação).
       Se realmente quisesse fazer algo de concreto e ir além do campo das ideias, Dilma deveria ter anunciado algo prático e que poderia ser implantado imediatamente ao invés de propostas complexas: a redução de seus ministérios, atualmente em 39 pastas.
       Isso sim seria o primeiro sinal à sociedade a fim de demonstrar que está interessada em diminuir os custos da máquina pública e manter o equilíbrio fiscal do País. A sobreposição de ministérios inúteis criados apenas para atender apaniguados (Pesca, Desenvolvimento Agrário, Microempresa, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Portos, Igualdade Racial, Direitos Humanos, etc...) produziu uma máquina inchada sem qualquer resultado prático para os brasileiros.
         A maioria dos ministros não teve mais do que uma reunião com a presidente em um ano, o que comprova a inutilidade dessas pastas e a falta de compromisso de Dilma em cobrar resultados de seus aliados políticos. A mudança que as ruas pedem passa justamente por questões como essas. Depois partimos para os demais assuntos, mas é preciso antes sinalizar para o povo que o recado foi recebido. Do contrário, será mais do mesmo.
         Boa semana a todos.

terça-feira, 18 de junho de 2013

A voz rouca das ruas, excelências!

Manifestantes ocupam Congresso:  insatisfação geral

              Para os mais jovens ou os que ainda não conheciam, senhores parlamentares, esta é a voz rouca das ruas a que o dr. Ulisses Guimarães se referia... Que ela ecoe muitas e muitas vezes por este Brasil. 
             Quando muitos acharam que Dilma havia sido vaiada pela elite, no dia seguinte os jovens lideraram protestos em todo o País demonstrando que a insatisfação é geral com o estado de coisas que atinge a Nação em todos os níveis de governo. Felizmente, para todos nós, parece que estamos nos tocando de que não teremos como levar um filho doente para receber atendimento em estádios de futebol, mas sim, em um hospital equipado e com profissionais bem remunerados.
           Bom dia a todos!

domingo, 16 de junho de 2013

Vaias para Dilma e Blater, aplausos para o Brasil

                                                               Fox Sports
Constrangimento: caras de poucos amigos em Brasília

        O Brasil venceu o Japão por 3 x 0 na estreia da Copa das Confederações, em Brasília, no Estádio Mané Garrincha. Mas o mais importante não foi a vitória na abertura da competição, mas sim, a demonstração de insatisfação com o governo Federal e a FIFA, manifestadas nas vaias à presidente Dilma e Joseph Blater.
       No momento em que o presidente da FIFA anunciou Dilma, 62 mil vozes a vaiaram, o que aborreceu a mandatária e a fez declinar de discursar. Blater ainda tentou dar uma reprimenda nos brasileiros, invocando o “fair play”. Não adiantou. Os dois foram obrigados a silenciar e Dilma limitou-se a dizer uma única frase protocolar: “Declaro aberta a Copa das Confederações da FIFA.
     Alguns analistas logo trataram de lembrar que Lula também havia sido vaiado na abertura dos Jogos Pan-americanos, no Rio, em 2007. Bobagem. Na verdade, o povo deu dois recados claros à FIFA e à presidente: não estamos satisfeitos com o absurdo dos custos dessas competições (Copa das Confederações e Copa do Mundo) quando não temos Saúde, Educação, Segurança ou Transporte e estamos preocupados com o futuro do Brasil. Com a popularidade em queda e longe dos puxa-sacos e dos tapetes vermelhos, Dilma experimentou o eco das ruas pela primeira vez e isso não lhe fez bem aos ouvidos.
     Um claro sinal de que seu governo não vai bem (corrupção que grassa, inflação em alta, crescimento em baixa e refém dos tubarões no Congresso) e que há espaço para a oposição em 2014. A abertura da competição certamente também terá reflexos nos aliados de ocasião do governo, que enxergam uma presidente cada vez mais sem apoio popular e fragilizada. E isso significa cobrar mais um naco de poder da presidente e ficar em sua barca até quando for conveniente. E isso pode ser até a próxima eleição, se o cenário não se deteriorar ainda mais.
       Boa semana a todos.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Tráfico: é hora de acabar com a benevolência


          A Câmara aprovou ontem projeto de lei que aumenta pena para o tráfico de drogas de 5 para 8 anos. Agora, a proposta segue para o Senado, onde também deverá ser aprovada. 
         Sinceramente, esse é um dos grandes problemas de nosso País: a benevolência com criminosos, sejam eles vendedores de crack ou pilantras de colarinho branco. As penas têm de ser mais severas - 20 anos pelo menos - e quem for condenado deve cumprir integralmente. Do contrário, a bandidagem continuará rindo da nossa cara. Afinal, aqui não dá nada...
             Bom final de semana a todos!

terça-feira, 7 de maio de 2013

Dilma confunde ideologia com saúde pública ao trazer 6 mil “médicos” de Cuba


Medicina cubana faliu com o colapso do sistema

          A presidente Dilma (não, não é presidenta!!!) está anunciando como uma grande conquista para a saúde pública brasileira a contratação de 6 mil médicos cubanos para trabalharem no Brasil. O que em um primeiro momento pode parecer um salto no atendimento ao público, na verdade, representará a decretação da falência total do sistema. Digo isso porque a medicina de Cuba é reconhecidamente defasada e arcaica em relação ao que se pratica no mundo atualmente. Com o fim da mesada da Rússia ainda quando esta se chamava União Soviética, a ilha ficou sem seu principal financiador e, consequentemente, parou no tempo em todos os setores.
           Isso se refletiu especialmente na tão propagada saúde cubana. Assim, formar-se em medicina em Cuba hoje representa não mais do que formar-se em Enfermagem no Brasil, pois lá não há hospitais de ponta e o grande instrumento de trabalho do formando que vai para o mercado é o estetoscópio – na maioria das vezes, independentemente da doença do paciente. Parece que apenas Dilma e Hugo Chávez não sabiam disso...
          Uma pergunta básica que a presidente poderia fazer para o seu ministro da Saúde é: por que os médicos formados em Cuba são reprovados quando tentam revalidar seus diplomas nas universidades brasileiras? Este simples questionamento resolveria qualquer debate a respeito da contração dos “médicos” cubanos. Mas, neste governo, perguntas como essa são substituídas pela ideologia, que se sobrepõe a tudo e a todos. Até mesmo ao interesse público e à saúde dos brasileiros.
           Boa semana a todos.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Mudar as leis para mudar o Brasil


Quem for condenado deve cumprir a pena

         Chega a ser ridículo a imprensa noticiar que condenados por crimes hediondos têm penas que chegam a mais de 300 anos. Ora, no Brasil, por força da legislação, ninguém fica em cárcere por mais de 30 anos. Ao cumprir 1/6 da pena, se o condenado tiver bom comportamento na prisão passa a ter privilégios, como regime semi-aberto, o que completa a sensação de impunidade,
        No caso de policiais corruptos ou que participam de chacinas, as regalias são ainda maiores em determinados estados. Esta semana a Folha de S. Paulo mostrou policiais com televisão e as chaves das celas no interior de São Paulo.
       Fosse o Brasil um país sério isso jamais aconteceria. Está mais do que na hora de revermos a legislação penal e fazermos com que cada um pague por seus crimes, sejam eles com arma de fogo, de colarinho branco ou não. Não adianta condenar alguém a 30 anos se em seis anos ele estará liberado. Então que se condene a 15 anos, mas que o preso cumpra efetivamente este período em regime fechado, sem celular ou privilégios. Não estou aqui defendendo ou pedindo maus tratos aos apenados, longe disso, estou argumentando que é preciso que mudemos as leis para efetivamente mudarmos o Brasil.
       Da forma como está, a impunidade segue firme e forte e os crimes acabam se tornando banais. Esse é um trabalho para os parlamentares. Ao Judiciário, cabe cumprir as leis, mas enquanto as leis estão assim, cresce a certeza errônea de que o crime compensa, o que é terrível para a sociedade.
          Boa semana a todos.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Engenhão, mais uma prova de que obras no Brasil não são para durar



Rachadura na cobertura do Engenhão: estádio foi inaugurado em 2007

         O prefeito do Rio, Eduardo Paes, surpreendeu o Brasil nesta terça-feira (26.03) ao anunciar que a cobertura do Engenhão corre o risco de desabar. Com isso, o estádio está interditado para os jogos do Carioca e Brasileiro.
          Inaugurado em junho de 2007 a um custo de R$ 380 milhões, o Engenhão é mais uma prova do descaso da maioria das autoridades no uso de verbas públicas. O mesmo ocorre com estradas, casas populares, pontes e viadutos, e até mesmo hospitais. Basta qualquer vistoria ou rodar por vias recém-inauguradas para constatar os problemas que surgem meses após a entrega das obras. Fica claro que o importante é entregar o projeto e não fazer algo duradouro e que fique como um legado para as futuras gerações.
         O Botafogo, que ganhou do governo do Rio o uso da arena por 20 anos, informou que em 2010 já havia constatado falhas na obra e havia apresentado um laudo apresentando os problemas estruturais à prefeitura. Ou seja, não há novidade no caso do Engenhão, assim como não há em obras inacabadas ou mal feitas pelo Brasil afora.
Bom dia a todos. 

quinta-feira, 14 de março de 2013

Francisco, a mudança possível...e necessária...


Bergoglio causa boa impressão na chegada

       Não é segredo que a Igreja Católica vive um momento difícil, com a perda de fiéis e desconfiança geral após escândalos de pedofilia e corrupção. Com a informação circulando livremente pelo mundo, esconder pequenas ou grandes falhas, seja em uma empresa ou na igreja, não é mais possível.
        Diante deste cenário, Bento XVI renunciou. Deixou o Trono de Pedro para entrar para a história. Ao mesmo tempo, emitiu uma mensagem clara para a própria igreja e seu rebanho: é preciso mudar, e não tenho forças para realizar as mudanças que os novos tempos exigem.
         E eis que chegamos ao dia 13 de março de 2013, quando 115 cardeias elegeram Jorge Mario Bergoglio como o novo bispo de Roma e, portanto, o novo papa.
         Em sua primeira aparição o arcebispo de Buenos Aires impressionou por seu bom humor, humildade, descontração e, principalmente, pela escolha do nome – Francisco.
      Assim como o cardeal Ratzinger escolheu Bento para demonstrar que seguiria um perfil mais conservador para seu papado, Bergoglio aponta que quer uma igreja menos ostentadora e mais franciscana; com menos pompa e mais próxima do povo.
         Se você chegou até este ponto do meu texto já sabe que sou católico de ir à missa (nem sempre...), resultado de uma educação recebida de minha tia, Helena, que largou o hábito para me cuidar ainda na infância. Ontem, assim como milhões de pessoas em todos os continentes, a escolha do novo papa paralisou-me no trabalho. Todas as atenções estavam voltadas para o Vaticano. No final, argentino, sul-americano, tudo isso fica pequeno diante das responsabilidades de Francisco. Era a mudança possível e necessária que a Igreja Católica precisava fazer para dizer ao mundo que um novo tempo pode estar começando.
       Vida longa ao papa e que Deus o ilumine na caminhada, que não será fácil. Boa semana a todos.

terça-feira, 5 de março de 2013

Poder animal


Rosinha na janela: cara de pidona 

       Ontem minha companheira de 16 anos morreu. Rosinha, nossa cachorra, foi morar há dois anos comigo em Lomba Grande e, com seu olhar de “pidona”, me conquistou desde o primeiro dia em que a vi. Era o fim do verão de 1996 e duas crianças chegaram no portão da casa da praia gritando:
  • A cachorra deu cria e o pai quer matar os filhotes. Nós queríamos saber se vocês querem ficar com um dos filhotinhos, moço...
      Eu não queria, mas fui convencido. E assim a Rosinha veio para Novo Hamburgo. Cabia na mão, uma mistura de fila com guaipeca – a melhor raça... Ficou na casa da minha avó “emprestada”, Sibila, que cuidava dela pra mim. Quando ia visitar a Bila, precisava muitas vezes me esconder da Rosinha, pois se ela me visse era choro na certa e muitos minutos de carinho no portão. Entrar no pátio não era fácil, pois ela pulava e metia as patas nas roupas da gente...
     Até que fui para o morro, há dois anos, e ela foi comigo. Todo dia, quando chegava em casa, independentemente do horário, ela me esperava na área. Latia muito, como se reclamasse de ter ficado o dia sozinha...
No início, quando ainda estava na coleira para se acostumar, porque senão ela fugia para todas as demais propriedades, era preciso colocá-la na guia e andar pelo morro por um bom tempo....mesmo em dias frios de inverno....mesmo que fosse tarde da noite....
E assim, fomos nos apegando um ao outro. Sempre dizia para ela:
  • Rosa, contigo não posso brigar, pois tu me recebe todo dia com alegria e fazendo festa...
      Mas então, a idade veio chegando, o tempo passando e ela adoeceu. Tentei uma última medida, a cirurgia de mama, mas ela não resistiu às complicações.
     Aos poucos, fui postando fotos dela no morro e dando notícias para os amigos sobre o estado de saúde da cachorra. Para minha surpresa, os tópicos mais “curtidos” e comentados não eram os de política ou comportamento, mas sim, sobre a Rosa...
Sabia que eu iria sentir falta dela quando ela partisse, mas sinceramente, não esperava que fosse tanto...Isso me surpreendeu, pois a última vez que senti isso foi na minha infância, quando uma gata de estimação morreu. A reação das pessoas que a conheceram, e sobretudo as que não a conheceram, mas que sabiam de meu amor por ela, é igualmente surpreendente.
     É o pode animal - o amor que os animais nos dão sem pedir nada em troca é a razão que explica a reação de todos e também porque mais e mais pessoas, a cada dia, se importam mais com os animais do que, muitas vezes, com as pessoas. Talvez porque estejamos nos tornando mais animais, menos humanos, e os animais, à sua maneira, tornando-se mais humanizados a cada dia.
    Enfim, obrigado a todos e uma ótima semana a todos.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Santa Maria: depois da tragédia, tranca de ferro em porta arrombada



Caos anunciado: medidas poderiam ter evitado mortes 

         O 27 de janeiro de 2013 jamais será esquecido no Rio Grande do Sul, assim como o 17 de julho de 2007.
       A tragédia de Santa Maria, quando 234 jovens perderam a vida e outras dezenas ficaram feridos na boate Kiss, só é comparável ao desastre do voo JJ 3054, da TAM, que vitimou 199 pessoas, a maioria gaúchos, em uma noite fria de inverno.
A tragédia anunciada do caos aéreo também encontra parâmetros na estupidez de uma festa com vários ingredientes para terminar em vidas perdidas: boate sem alvará, com apenas uma saída, superlotação, seguranças mal treinados (novidade em boates?) e, pra completar, fogos de artifício no palco...
      Mas, assim como na tragédia aérea, foi preciso que tomássemos uma bofetada e centenas de pessoas perdessem a vida para que tomássemos providências e cobrássemos das autoridades o que cabe a elas – fiscalizar e somente liberar locais que tenham realmente condições de abrir shows e espetáculos.
       A partir de agora, tenhamos certeza, vai começar uma corrida às casas noturnas e bares. Prefeitos, vereadores, governadores, promotores, deputados e outros menos votados irão apresentar leis mais duras, vistoriar locais e dar demonstrações de que realmente estão empenhados em fazer a coisa certa. Isso vai durar uma semana ou até que a mídia se canse de ir a Santa Maria. Afinal, porta arrombada, tranca de ferro...
         Boa semana a todos, e que a dor das famílias que perderam suas crianças não seja em vão. Do contrário, tudo ficará como antes, sem que soluções definitivas sejam tomadas como  por exemplo, realizar treinamento contra incêndios com crianças, adolescentes e adultos, a exemplo do que é rotina nos países desenvolvidos.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Checar e rechecar: El País esquece de uma das lições básicas do jornalismo e comete erro crasso

Babada inernacional: jornal comete erro básico

        "O Governo venezuelano iniciará todas as ações legais à sua disposição depois de tal publicação, que não podem ser reparadas por pedidos de desculpas". A manifestação acima é do ministro das Comunicações da Venezuela, Ernesto Villegas, em comunicado, ontem, após o Jornal El País publicar uma foto falsa de Hugo Chávez na capa de sua edição.
    A chamada bombástica do impresso espanhol prometia revelar o segredo da enfermidade do presidente/ditador, mas tudo que conseguiu foi cometer uma "babada", como se diz no jorgão jornalístico. Ao perceber que se tratava de uma imagem falsa e retirada do You Tube, o veículo suspendeu de imediato sua distribuição e emitiu um comunicado pedindo desculpas e prometendo abrir uma investigação interna para determinar os responsáveis pelo erro. Era tarde e as desculpas se tornaram pequenas diante da repercussão e da revolta do governo com a publicação. 
         O 'El País' justifica que a fotografia foi fornecida pela a agência de notícias on line Gtres, com a qual dizem ter trabalhado durante vários anos. "No texto que acompanha a fotografia, estava escrito que o 'El País' não foi capaz de verificar de forma independente as circunstâncias, tais como o local ou a data em que foi tirada", justifica ainda o diário espanhol. No entanto, a mesma imagem foi oferecida ao concorrente "El Mundo", que pediu mais informações à agência e ficou com receio de publicá-la. 
         No fim do dia o jornalista italiano Tomasso Debenedetti assumiu a autoria do trote e justificou-o dizendo que sua intenção era comprovar o que se pode fazer com a falta de controle na Internet. Na verdade, mais do que o descontrole na rede mundial, o El País foi vítima de sua própria ânsia de furar os concorrentes e cometeu um erro básico: não checar e rechecar as informações, ainda mais em se tratando de um caso como esse, com repercussão mundial, o que é uma lição básica do jornalismo.
        Que a falha sirva de lição para um dos maiores jornais do mundo e que também nós possamos aprender com esse erro, afinal, conferir as informações é apenas parte do processo de trabalho - seja de uma grande empresa ou de cada um de nós no dia a dia.
Bom final de semana a todos.