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Constrangimento: caras de poucos amigos em Brasília
O Brasil venceu o Japão por 3 x 0 na estreia da Copa das
Confederações, em Brasília, no Estádio Mané Garrincha. Mas o mais importante não
foi a vitória na abertura da competição, mas sim, a demonstração de insatisfação
com o governo Federal e a FIFA, manifestadas nas vaias à presidente Dilma e
Joseph Blater.
No momento em que o presidente da FIFA anunciou Dilma, 62
mil vozes a vaiaram, o que aborreceu a mandatária e a fez declinar de
discursar. Blater ainda tentou dar uma reprimenda nos brasileiros, invocando o “fair
play”. Não adiantou. Os dois foram obrigados a silenciar e Dilma limitou-se a
dizer uma única frase protocolar: “Declaro aberta a Copa das Confederações da FIFA.
Alguns analistas logo trataram de lembrar que Lula também
havia sido vaiado na abertura dos Jogos Pan-americanos, no Rio, em 2007. Bobagem.
Na verdade, o povo deu dois recados claros à FIFA e à presidente: não estamos
satisfeitos com o absurdo dos custos dessas competições (Copa das Confederações
e Copa do Mundo) quando não temos Saúde, Educação, Segurança ou Transporte e
estamos preocupados com o futuro do Brasil. Com a popularidade em queda e longe
dos puxa-sacos e dos tapetes vermelhos, Dilma experimentou o eco das ruas pela
primeira vez e isso não lhe fez bem aos ouvidos.
Um claro sinal de que seu governo não vai bem (corrupção
que grassa, inflação em alta, crescimento em baixa e refém dos tubarões no Congresso)
e que há espaço para a oposição em 2014. A abertura da competição certamente também
terá reflexos nos aliados de ocasião do governo, que enxergam uma presidente cada
vez mais sem apoio popular e fragilizada. E isso significa cobrar mais um naco de
poder da presidente e ficar em sua barca até quando for conveniente. E isso pode
ser até a próxima eleição, se o cenário não se deteriorar ainda mais.
Boa semana a todos.
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