segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Santa Maria: depois da tragédia, tranca de ferro em porta arrombada



Caos anunciado: medidas poderiam ter evitado mortes 

         O 27 de janeiro de 2013 jamais será esquecido no Rio Grande do Sul, assim como o 17 de julho de 2007.
       A tragédia de Santa Maria, quando 234 jovens perderam a vida e outras dezenas ficaram feridos na boate Kiss, só é comparável ao desastre do voo JJ 3054, da TAM, que vitimou 199 pessoas, a maioria gaúchos, em uma noite fria de inverno.
A tragédia anunciada do caos aéreo também encontra parâmetros na estupidez de uma festa com vários ingredientes para terminar em vidas perdidas: boate sem alvará, com apenas uma saída, superlotação, seguranças mal treinados (novidade em boates?) e, pra completar, fogos de artifício no palco...
      Mas, assim como na tragédia aérea, foi preciso que tomássemos uma bofetada e centenas de pessoas perdessem a vida para que tomássemos providências e cobrássemos das autoridades o que cabe a elas – fiscalizar e somente liberar locais que tenham realmente condições de abrir shows e espetáculos.
       A partir de agora, tenhamos certeza, vai começar uma corrida às casas noturnas e bares. Prefeitos, vereadores, governadores, promotores, deputados e outros menos votados irão apresentar leis mais duras, vistoriar locais e dar demonstrações de que realmente estão empenhados em fazer a coisa certa. Isso vai durar uma semana ou até que a mídia se canse de ir a Santa Maria. Afinal, porta arrombada, tranca de ferro...
         Boa semana a todos, e que a dor das famílias que perderam suas crianças não seja em vão. Do contrário, tudo ficará como antes, sem que soluções definitivas sejam tomadas como  por exemplo, realizar treinamento contra incêndios com crianças, adolescentes e adultos, a exemplo do que é rotina nos países desenvolvidos.

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