quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Do “rolezinho” para o protesto de rua num piscar de olhos

Policiais revistam jovens em SP em shopping

           São Paulo decidiu reprimir com mais veemência o “rolezinho no shopping” no último final de semana. O que iniciou como uma grande ida da galera da periferia aos grandes centros de compra tem tudo pra ganhar as ruas.
          A exemplo dos protestos de junho, quando o País viveu momentos só vistos anteriormente em 1968, a repressão policial pode ser o combustível para que o rolezinho ganhe a solidariedade de jovens em todo o Brasil. Pra quem não se lembra, o aumento das passagens de ônibus em Porto Alegre foi o fio condutor das grandes manifestações nas principais cidades brasileiras em 2013. No início, as autoridades deram de ombros para, mais tarde reprimir e, depois, ceder.
            No caso do rolezinho há um outro fator e um diferencial: a questão social. Os jovens se sentem discriminados pelas demais classes, pelas direções dos shoppings e a sociedade de modo geral. Em solidariedade, pelas redes sociais, outros grupos já se mobilizam para também fazer um rolezinho. Porto Alegre tem dois marcados – um para janeiro e outro para o início de fevereiro. O mesmo está acontecendo em outras capitais.
            Reprimir, já se viu, não é a melhor saída. Diálogo, essa palavrinha mágica que por vezes parece esquecida por quem está no poder, é a saída. Tentar entender o que essa turma quer e promover a convivência pacífica entre todas as classes, respeitando as diferenças e a diversidade é o único caminho pra vivermos em sociedade.
                Boa semana a todos!

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