Protesto na praça: sem apoio popular
O Cpergs/Sindicato encerrou na sexta-feira a desastrada greve iniciada há 15 dias. Com cerca de 10% das escolas paralisadas, o protesto pela implantação imediata do piso do magistério e a suspensão do projeto que prevê mudanças no plano de carreira da categoria, atualmente em tramitação na Assembleia Legislativa, não surtiu efeito.
Por mais que a direção do sindicato diga que valeu a pena emparedar o govenador que ajudou a eleger para chamar a atenção do governo e sociedade sobre os problemas dos profissionais em Educação - que são de conhecimento de todos -, o fato é que o Cpergs se diminui ao jogar os professores em uma aventura cujo resultado já era previsto.
A greve, instrumento legítimo e democrático, perdeu seu sentido quando foi feita restando três semanas para encerrar o calendário escolar no Estado. Pais, educadores e estudantes não comungaram da mesma ideia da direção da entidade, que ficou falando sozinha na Praça da Matriz, em um acampamento improvisado.
Os dirigentes não levaram em conta o risco contido na velha máxima de que não se deve sair menor do que se entrou em uma briga. Restou o desgaste perante a sociedade e professores, que querem sim melhorias na Educação. Afinal, essa luta é e deve ser de todos, mas não pode ser instrumento político e trampolim para poucos.
Boa semana a todos.
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