terça-feira, 17 de maio de 2011

Democracia se faz com oposição construtiva

            O prefeito José Fortunatti oficializou ontem o convite para que o PT passe a integrar seu governo em Porto Alegre. Acenou com três secretarias de olho nas eleições de 2012 e buscando, claro, ampliar o leque de apoios de partidos que lhe dão sustentação na Capital.
            Em outros tempos, a resposta petista seria imediata: não estamos interessados. Contudo, depois de oito anos longe do poder, o PT decidiu levar o assunto à Executiva Municipal para, só então, dar retorno às pretensões de Fortunatti, mesmo sabendo que seu governo acomoda PMDB, DEM, PSDB, PTB e PDT, claro.
            O fenômeno não é novo. Lula governou com a maior aliança de partidos e, desde então, a política brasileira desaprendeu o significado da palavra oposição. Tão importante como governar é ser oposição responsável, de forma construtiva. É ela que oportuniza o contraditório, que produz o embate necessário para o aperfeiçoamento de projetos, aponta falhas, encaminha para acertos e vota com o governo em projetos de interesse da sociedade.
            Sem oposição dá-se o acomodamento. Perde o Brasil, perdemos todos.

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