quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fogo amigo, o principal problema tucano


       Diz uma velha máxima da Comunicação que se a gente não consegue criar um fato positivo, que pelo menos não gere notícia ruim. Pois o PSDB segue comentendo esse erro básico e, mesmo com tantos escândalos no governo Federal, a oposição patina e não consegue se viabilizar como alternativa de poder. Os tempos têm sido difíceis, especialmente para o PSDB e o DEM. As duas siglas perderam discurso e filiados para o PSD, o partido de Kassab, recentemente.
       Mas o problema se complica quando o fogo amigo abate em pleno vôo qualquer tentativa de rearticulação nos grandes centros, como em São Paulo, por exemplo. No maior colégio eleitoral do País, o ex-prefeito e ex-governador José Serra deu entrevista afirmando que o melhor para o PSDB seria declarar apoio ao PSD em virtude da falta de viabilidade eleitoral.
       O surto de sinceridade de Serra pegou de surpresa o próprio partido, que reagiu. A direção estadual imediatamente emitiu nota desautorizando-o e afirmando que a candidatura própria é irreverssível, com ou sem densidade eleitoral dos pré-candidatos.
       O episódio apenas denota o racha que existe não apenas em São Paulo, mas na cúpula nacional pelo espólio do que restou da oposição ao PT no Brasil. A sigla segue dividida em muitas alas - FHC, Serra, Aécio, Alckmin, Tasso Jereissati. Como pano de fundo dessa luta fratricida está a eleição presidencial de 2014.  
       Contudo, erra o PSDB em antecipar o debate e erra duplamente ao expor suas mazelas e disputas regionais. Ninguém conseguirá se viabilizar nacionalmente ou agregar novos partidos para compor uma coligação capaz de enfrentar a máquina petista (leia-se de Lula) desarticulado e divivido. Lula enquanto isso vai tratando o câncer sem deixar de criar fatos políticos com a própria doença. E rindo da falta de habilidade da oposição em caminhar unida. Ou pelo menos de boca fechada....

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