Semana será decisiva para partidos
Esta
semana será decisiva para todos aqueles que pensam em concorrer a
vereador, prefeito e vice-prefeito em 2012. O prazo final para trocas de
partido e/ou filiações encerra-se sábado, dia 07. Quem não estiver
filiado até lá estará automaticamente fora do páreo. E não adianta
reclamar para o bispo...
No
Brasil, diferentemente dos Estados Unidos, quem quiser concorrer
precisa necessariamente pertencer a algum partido. Nos EUA, existem as
candidaturas avulsas, o que permite pessoas concorrerem de forma
independente, como o empresário texano Ross Perot o fez em 1992, nas
eleições presidenciais, por exemplo. Naquele pleito, Perot fez 18,9% dos
votos válidos, comprovando o desencanto do eleitor com os partidos
tradicionais.
Voltando
ao Brasil, que é o que nos interessa, tenho acompanhado de perto a
aflição de muitos amigos que precisam tomar uma decisão rapidamente, mas
que trará conseqüências diretas em um futuro próximo. A todos tenho
dito: neste momento, é preciso decidir com a razão, de maneira
pragmática, escolhendo o melhor caminho, pois, de modo geral, os
partidos têm os mesmos problemas e diferem muito pouco em seu “modus
operandi”.
Explico:
na maioria dos casos – repito: na maioria dos casos -, quem está por se
filiar recebe assédio de todos os lados: presidente da sigla,
deputados, senadores, amigos, todos ligam e pressionam. Muitas vezes,
prometem o céu na terra. Depois de assinar a ficha, os telefonemas
raream. Infelizmente é assim, mesmo que muitos fiquem chateados com
minha observação.
Outra
conversa muito comum é que o futuro filiado terá apoio para concorrer,
haverá estrutura, ele não estará sozinho e assim por diante. De novo: na
maioria das vezes (e eu disse na maioria das vezes), esse “apoio” cai
por terra antes mesmo da convenção que irá escolher os candidatos no
pleito, em junho. E aí é um Deus-nos-acuda, salve-se quem puder, pois em
campanha dinheiro é artigo raro (a não ser que você tenha muitos
contatos e, principalmente, expectativa de poder).
Outro
questionamento comum dos candidatos a candidatos é: “Mas em tal partido
tem o fulano. Eu não gosto dele ou da postura dele. No outro partido eu
vou estar me violentando, pois não me identifico com a ideologia da
sigla...”. Nestas horas, recordo de uma frase de Franco Montoro, que o
falecido deputado Júlio Redecker repetia à exaustão: “Mariozinho,
partido tem que ter merda pra dar liga...”
O
que o “Alemão” estava tentando dizer é que partidos são feitos de
pessoas boas e más; têm gente decente e têm aqueles que apenas querem se
locupletar. É isso, e tão somente isso. Ocorre por um só motivo –
partidos são feitos por pessoas e elas são um extrato de nossa
sociedade, gostemos ou não.
Então,
faça o que for melhor pra você e para seu município. Mesmo que para
isso seja preciso mudar de agremiação ou voltar para a antiga casa. A
decisão é sua, não a transfira para ninguém nem mesmo aceite pressão,
pois depois de filiado, será você e você. Embora até dia 07 de outubro
muita gente siga afirmando o contrário.
Boa semana a todos.
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