segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Partidos políticos: por que precisamos deles...


Semana será decisiva para partidos

Esta semana será decisiva para todos aqueles que pensam em concorrer a vereador, prefeito e vice-prefeito em 2012. O prazo final para trocas de partido e/ou filiações encerra-se sábado, dia 07. Quem não estiver filiado até lá estará automaticamente fora do páreo. E não adianta reclamar para o bispo...
No Brasil, diferentemente dos Estados Unidos, quem quiser concorrer precisa necessariamente pertencer a algum partido. Nos EUA, existem as candidaturas avulsas, o que permite pessoas concorrerem de forma independente, como o empresário texano Ross Perot o fez em 1992, nas eleições presidenciais, por exemplo. Naquele pleito, Perot fez 18,9% dos votos válidos, comprovando o desencanto do eleitor com os partidos tradicionais.
Voltando ao Brasil, que é o que nos interessa, tenho acompanhado de perto a aflição de muitos amigos que precisam tomar uma decisão rapidamente, mas que trará conseqüências diretas em um futuro próximo. A todos tenho dito: neste momento, é preciso decidir com a razão, de maneira pragmática, escolhendo o melhor caminho, pois, de modo geral, os partidos têm os mesmos problemas e diferem muito pouco em seu “modus operandi”.
Explico: na maioria dos casos – repito: na maioria dos casos -, quem está por se filiar recebe assédio de todos os lados: presidente da sigla, deputados, senadores, amigos, todos ligam e pressionam. Muitas vezes, prometem o céu na terra. Depois de assinar a ficha, os telefonemas raream. Infelizmente é assim, mesmo que muitos fiquem chateados com minha observação.
Outra conversa muito comum é que o futuro filiado terá apoio para concorrer, haverá estrutura, ele não estará sozinho e assim por diante. De novo: na maioria das vezes (e eu disse na maioria das vezes), esse “apoio” cai por terra antes mesmo da convenção que irá escolher os candidatos no pleito, em junho. E aí é um Deus-nos-acuda, salve-se quem puder, pois em campanha dinheiro é artigo raro (a não ser que você tenha muitos contatos e, principalmente, expectativa de poder).
Outro questionamento comum dos candidatos a candidatos é: “Mas em tal partido tem o fulano. Eu não gosto dele ou da postura dele. No outro partido eu vou estar me violentando, pois não me identifico com a ideologia da sigla...”. Nestas horas, recordo de uma frase de Franco Montoro, que o falecido deputado Júlio Redecker repetia à exaustão: “Mariozinho, partido tem que ter merda pra dar liga...”
O que o “Alemão” estava tentando dizer é que partidos são feitos de pessoas boas e más; têm gente decente e têm aqueles que apenas querem se locupletar. É isso, e tão somente isso. Ocorre por um só motivo – partidos são feitos por pessoas e elas são um extrato de nossa sociedade, gostemos ou não.
Então, faça o que for melhor pra você e para seu município. Mesmo que para isso seja preciso mudar de agremiação ou voltar para a antiga casa. A decisão é sua, não a transfira para ninguém nem mesmo aceite pressão, pois depois de filiado, será você e você. Embora até dia 07 de outubro muita gente siga afirmando o contrário.
Boa semana a todos.

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