quarta-feira, 20 de julho de 2011

O dilema de Dilma: dedetizar a casa ou espantar as baratas....


             
             O Ministério dos Transportes vive dias de turbulência diante das denúncias diárias de novos e mais graves escândalos na pasta. Nada que tenha sido produzido por denúncia dos órgãos competentes, a não ser a Imprensa, hoje no papel de oposição diante dos ouvidos moucos de quem deveria fazer o contraponto ao governo.
              Mas a questão não é essa. O fato é que até ontem 12 servidores haviam sido exonerados e a faxina só tende a aumentar. Neste turbilhão, Dilma vive um dilema:dedetizar a casa ou espantar as baratas...
A presidente sabe que o certo seria fazer terra arrasada, começar de novo, ir além da foto com o dedo em riste para a grande mídia, enfim, realizar uma limpeza que fosse além da perfumaria. No entanto, como boa militante que é, Dilma também sabe que pode avançar até determinado ponto em nome da tal “governabilidade”.
               Seu governo é uma extensão da administração passada e a herança de Lula vai muito além dos votos. Uma dúvida: por que nestes oito anos em que Alfredo Nascimento esteve à frente do ministério, com esses mesmos funcionários demitidos agora, nada disso foi descoberto pela mãe do PAC, apesar dos constantes aditivos aos contratos para as obras?
               Os exemplos são tantos, mas para citar apenas um: a Rodovia do Parque (BR-448), aqui no Rio Grande do Sul. Seu custo inicial era de R$ 400 milhões. Em poucos meses subiu para R$ 650 milhões e, no seu lançamento, com a presença de Lula, Dilma, Alfredo Nascimento e toda a base "aninhada" já estava em R$ 850 mi. No final, vai passar de R$ 1 bi. Não precisa ser gênio para descobrir que algo está errado - ou os projetos têm sido mal feitos pelo Dnit ou há superfaturamento nos preços. Qual será a alternativa correta?
               Boa quarta-feira a todos, e que Dilma decida-se por dedetizar a casa. Para bem do Brasil.

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