terça-feira, 14 de junho de 2011

Pecado mortal na política: a inconfidência do assessor

Ideli Salvatti, em foto da Agência Brasil

        A nova ministra da Articulação Política tomou posse ontem e já deu a primeira escorregada com  Dilma. Sem o aval da presidente, Ideli Salvatti disse que o governo deve manter o texto original do projeto sobre documentos públicos, que prevê sigilo eterno para determinados assuntos do passado. A mesma ideia é defendida pelos ex-presidentes José Sarney e Fernando Collor.
        O fato é que Ideli se adiantou à presidente e no linguajar político "derrubou Dilma" ao se antecipar a posição que será defendida pelo governo, que inclusive irá pedir a retirada da urgência do projeto no Senado. Com isso, Ideli cometeu um pecado mortal na política: a inconfidência do assessor. No fim das contas, todos trabalham para o chefe, e a chefe, neste caso, foi pega de surpresa pela declaração da nova ministra.
        Esse é um equívoco comum em muitos gabinetes e na administração pública em geral. Políticos costumam ter egos maiores que o estômago. Sendo assim, quem trabalha na área precisa entender e saber que seu papel é levantar a bola para o chefe cortar ou, como se diz no futebolês, deixar "na marca do pênalti". Do contrário, se isso ocorre com frequencia, quem vai para a marca da cal é o assessor. E não importa que seja ministro ou secretário.
        Bom dia a todos.

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